Por um lado acho que não devia ter ido... não sei o que estava à espera de encontrar... não sei se esperava acalmar a dor... acalmar as saudades... enfim...
Tirando a parte da aventura com os amigos, este post não é sobre isso, é sobre o meu pai, porque fui a Malanje porque o meu pai lá esteve, há muitos anos atrás...
Mas, à noite, deitada na cama só me apeteceu gritar... queria perguntar-lhe se o jardim era assim, se conheceu o Sr. Tété, se o Hospital já era aquele, se morou em alguma daquelas casas, daqueles prédios, se foi aquela padaria da entrada, se tomou banho naquela piscina.... se entrou naquela igreja... queria perguntar-lhe mas ele já não me ouve há muito tempo.... ou melhor, dependendo do que cada um acha, talvez até oiça, e talvez até responda, eu é que já não o vejo há muito tempo... mas a dor que senti no sábado foi como se a lâmina cortasse naquele momento e não há 6 anos atrás...
e começo a achar que este luto ainda não está terminado... e talvez já devesse estar...
Gostei muito do teu post. Aliás, apesar de aparentar ser um insensivel e um durão a verdade é que não sou. Aqui entre nós, que ninguém nos ouve, eu sou um lamechas.
ResponderEliminar:)))
Do alto dos meus 15 anos de (infeliz) experiência, há dias em que penso como tu, que o luto não terminou e que talvez nunca termine, em que dói como se tivesse o coração dilacerado tal como naquele maldito dia. Outros dias, a maior parte deles, resigno-me, aceito e vivo com o que (não) tenho. No fundo, sobram-nos as recordações e falta tudo o resto... *snif*
ResponderEliminarMaria Inês,
ResponderEliminarsabes que essa parte "resigno-me, aceito e vivo com o que (não) tenho" resume perfeitamente o que se passa noutros dias... enfim... temos a sorte de o ter tido e conhecido...
Beijinhos
lágrimas... é o que tenho nos olhos!
ResponderEliminarjá sabia que essa viagem ia ser intensa, mas necessária.
beijinhos