domingo, 1 de agosto de 2010

Espelhos da alma

Em Outubro de 1971 o meu pai embarcou no Vera Cruz em direcção a Angola.



Não sei muito acerca desta viagem dele, sei que foram 26 meses, que ficou a detestar arroz (de tanto que comeu), que esteve em Sautar, que passou um mês de férias em Luanda, enfim... sei umas coisitas....

Não tantas como queria porque sempre pensei ter tempo para o saber... e não tive!

Mas este post não é sobre o que ficou por fazer - tenho muito por fazer e por dizer...

É por um pormenor curioso, algo que o meu pai fez quando embarcou...

Não se despediu. Nem da minha avó.

E eu às vezes, ao pensar nisto é como se me olhasse ao espelho...

O porquê de ele ter feito assim , não sei. Nunca saberei. Deve ter tido os seus motivos, mas afinal ele, era apenas um puto de 21 anos enviado para Angola.

Mas às tantas, vou-me apercebendo que tenho muito mas muito dele... Nem nunca pensei ter tanto.

E acima de tudo, a força que tenho, vem dele :)

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