terça-feira, 27 de abril de 2010

Os 3 homens da minha vida...


Já falei do meu marido, já falei do meu pai... falta falar do meu farol... o meu colete salva-vidas, nem sei bem que lhe chame - apenas Nuno.

Esta é uma fase delicada da minha vida - basicamente a vida como a conhecia até 2009, acabou. Começou uma nova vida que ainda não se definiu... nem o local a desenrolar-se - Luanda... Lisboa...
Por um lado estou aqui de forma temporária - vou regressar a Angola. Por outro lado, o estar lá também é, em principio, temporário - quando os objectivos estiverem cumpridos, regressamos a casa... supostamente - já desisti de fazer planos.

Ora, esta decisão foi até fácil de tomar, não fosse eu quem sou... eheheh, mas teve um impacto brutal nas nossas vidas... efeito borboleta... E, na realidade, estamos no que será a fase de transição... a adaptação a esta nova vida - agora de emigrantes - longe.

Destes 3 GPS da minha vida (GPS é mais actual), um deles não quer saber onde estou porque estará sempre comigo, o outro, desde que esteja comigo, está bem :) .... e o Nuno...

Acho que nem ele tem perfeita noção da importância que tem para mim, nem eu sabia que a ausência dele me ia fazer perder o equilibrio... sabem aquelas sensações que temos por vezes quando nos falha o pé... pois é - foi assim, desde o dia 21 de Dezembro... Tu sabes o que é o falhar o pé... ehehehehe

Certo é que estas coisas que já fazem parte de nós, ás vezes não temos séria noção delas, pois não? Já fazem parte de nós... do que somos.

Uma coisa é certa - o lugar de cada um, ou um dos lugares de cada um de nós é na vida do outro!!! :P

E que 2010 seja um ano em grande para nós 2: se alguém merece ser feliz és tu!!! E estou muito mas muito orgulhosa de ti! :P

E olha - somos 2:

Uma feridinha de cacaracá

“Não quero nada, deixem-me ficar assim um bocadinho que já vou, não se preocupem comigo, não tenho febre, não estou doente, deixem-me ficar só ficar assim um bocadinho quieto, sem pensar, sem abrir a boca, sem aborrecer ninguém, sem olhar para nada a não ser a parede, ou seja, aquele risquinho na parede que se calhar nem é risco, um insecto ou isso e num minuto ou dois levanto-me, torno a ser o que vocês conhecem e pronto, esqueçam-se, fico divertido outra vez, boa companhia, simpático mas não me peçam explicações, não perguntem o que foi, finjam que não notaram, entrou tudo nos eixos, palavra, sinto-me óptimo, como novo, capaz de cambalhotas, pinos, gracinhas, há alturas em que consigo ser divertido não é, a alma da casa, a alegria da família, a animação em pessoa mas por agora não quero nada, deixem-me ficar um bocadinho que já vou, não me espiem, não me observem, não se inquietem, façam de conta que não estou cá e não estou mesmo…”  António Lobo Antunes


:)

1 comentário:

  1. No dia 20 de Dezembro, quando me despedi de ti foi um dos dias mais tristes da minha vida, embora soubesse que seria temporário, da mesma forma que o vai ser quando voltares Angola, mas senti o mesmo que tu, senti-me coxo, sem "muleta". A vida é assim, com chegadas e partidas, mas connosco nunca vai haver o até sempre, será sempre até já! Como diria um alentejano "gosto de ti, porra!".
    :-)

    Nuno

    PS: Ivan, tudo sem malícias, ok?!
    :-)

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