quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Again....

22 semanas no Domingo...

Faço-me de valente e digo que não há problema nenhum em estar em Luanda, longe de cuidados de saúde decentes na sua maioria, e intimamente agradeço a quem olha por mim algures por esta gravidez estar a ser chata pelos enjoos constantes mas de resto, perfeitamente normal... Obrigado!

na realidade, faço os filmes na cabeça - se está tudo bem, se o Martim está saudavel, se tem algum problema, se... se.... se.... se de facto é Martim... se... se.... se...

Amaldiçou os sonhos que me perseguem e conto os dias até segunda-feira, para o ver, para o ouvir e peço por tudo que esteja tudo bem...

A parte de chegar a casa, ou pelo menos a essa casa, ver a minha familia, os meus amigos, a minha cadela fabulosa, essa só vai assentar em mim depois da ecografia na segunda-feira... coração de mãe é complicado...


e pronto, a esta hora já aterrei nesta terra maravilhosa, nesta cidade linda de que tenho imensas saudades....
"Bem-vindo a Lisboa"

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Os dias dividem-se entre #

Aqueles em que achamos piada aqueles acontecimentos na vida que ao fim de tanto tempo fazem sentido...

e aqueles que ocorrem agora e que nao têm mesmo sentido nenhum nem haja nenhuma alma caridosa a dizer que vai fazer........

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

E como por vezes a carapaça é útil...

Esta manhã, na estrada onde passamos todo os dias, estava um corpo estendido, meio tapado por um pano pequeno que algum transeunte ou alguns dos que se amontoavam para ver colocou ...
Possivelmente foi atropelado mas não havia nenhum carro parado nas proximidades...

E a minha reacção ainda agora me faz confusão - nao sei se já estou formatada a toda esta desgraça ou se a minha carapaça entrou em funcionamento...

Agora digam o que disserem, agradeço o facto de a ter.... porque não conseguiria estar aqui, neste belo País mas assistir impávida e serena às brincadeiras das crianças no meio dos esgotos que correm livremente ao lado da carne vendida para o jantar....

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Da realidade por vezes...

ou como nos fazem pensar em algumas coisas...

Daqui

"O lado b dos pais

Escrito por Eduardo Sá Domingo, 18 Setembro 2011

Não é verdade que os pais gostem sempre dos filhos e, sobretudo, que gostem de todos por igual. O que se passa para que, ao contrário do que desejam, pareçam preferir um a outro?

1. Se há o País do Natal e a Terra do Nunca o ordenamento territorial do planeta da infância devia prever um lugar para os pais. Um pedaço de terra sempre lhes daria outra credibilidade. De certo modo, logo haveria de se tornar numa incubadora de pais e não correriam o risco de ser apanhados desprevenidos, quando alguém se lembrasse de certificações comunitárias e formações só para eles. É claro, o lugar dos pais teria de ser entre o céu e a terra! Só assim se compreende que, sempre que imaginam os pais, as crianças os empurrarem sempre um pouco mais para o céu. Ou é porque o pai é tão grande, tão grande – aos olhos das crianças – que, com mais ou menos jeito, o supõem capaz (qual arranha-céus) de tocar as nuvens; ou porque, como Deus não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo, esperam que a mãe (num sereno piquete) nunca deixe de estar. Ou, finalmente, porque os supõem a não se deprimir, a nunca ter medo e a jamais se cansarem.
2. Deve ser por isso - suponho eu - que, sempre que os pais sentem seja o que for, a propósito dos filhos, todos lhes exijamos que contem até três, antes de sentirem, e arredondem todos os sentimentos até à casa das milésimas. Ora, apesar da sua enorme bondade, os sentimentos dos pais pelos filhos nunca são perfeitos. E, pior, em muitos deles, têm um lado b, mais ou menos secreto e doloroso. Vejamos alguns desses recantos mais sombrios que existem nos pais…

Não é verdade que uma gravidez seja, quase sempre, um «estado interessante» e que a barriga pesada não se torne, de vez em quando, enfadonha e cansativa. Por mais que se queiram enamorados por um bebé, para muitos pais ele chega fora das horas marcadas e cai, qual turista acidental, no meio de brigas assanhadas, de divórcios que se constroem, silenciosamente, por mútuo consentimento, ou como elo mais fraco entre pais outrora cúmplices e, agora, estranhos.

Não é verdade que o bebé seja sempre um menino Jesus. Nalgumas vezes, no meio da ira insatisfeita de um bebé, o instinto materno vai de férias (por minutos) e fica à solta um lado b, feito de pensamentos feios, de berros intempestivos ou de abanões.

Não é verdade que, sempre que são, repetidamente, acordadas, as mães desçam do paraíso até ao berço. Por vezes, são – simplesmente – automáticas na forma como amamentam ou mudam a fralda (por exemplo) e, pior, resmungam, rezingam e… assustam.

Não é verdade que a licença de trabalho, após a gravidez, sejam férias de parto. Todo esse tempo tem momentos demasiado solitários, de liberdade condicional, de dor e depressão, que magoam pela intolerância que suscitam nos outros, como se não fosse compreensível outro estado de espírito da mãe que não fosse um olhar-zen para o bebé, pelo meio de gestos sempre ternurentos, amorosos e idílicos.

Não é verdade que os pais gostem sempre dos filhos e, sobretudo, que gostem de todos por igual. O que se passa nos pais para que, ao contrário de tudo o que desejam, pareçam preferir um filho ao outro? A forma como reconhecem naquele para quem guardam a animosidade tudo aquilo que mais os amarfanha em si próprios ou, por exemplo, as parecenças incómodas em relação a um familiar que não toleram; a história de sobressaltos que possa ter havido nalguns momentos da vida do filho, que pareça ser o preferido, que os leve um e outro a chegarem-se mais.

Não é verdade que os pais jamais vivam a inveja, em relação a um dos filhos, por uma vez que seja. Os pais também invejam os filhos. E, quando sentem que não podem competir com eles, deitam-nos abaixo. Quando lhe exigem que eles acedam a tudo o que um pai idealizou para si próprio para, logo a seguir, desejarem que um filho não conquiste e não concretize os seus sonhos como se, com isso, desqualificasse e minimizasse os pais.

3. Talvez não seja por acaso que, ao contrário da Terra do Nunca e do País do Natal, não haja um lugar para os pais. E, muito menos, que ele não fique entre o céu e a terra. É por todas as crianças terem convivido com um desses recantos mais sombrios que existem nos pais que, todos nós, idealizamos tanto a infância. Não é tanto porque ela tenha sido sempre boa. Mas porque, dessa forma, protegemos o lado b dos nossos pais."

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

terça-feira, 13 de setembro de 2011

E os desejos já de si de tão controversa existência...

... a mim não me têm pressionado muito...

ou melhor, estivesse eu em Lisboa e seriam dias normais com pedidos usuais: um hamburguer do Mac, alperces, pessegos, figos das arvores do quintal da minha mãe, cerejas, nesperas...eu sei lá....

aqui foi mais complicado: já comprei uns 10 pessegos e ja desisti - não se dão com este tempo!

Cerejas não as vi, alperces os que vi não gostei e figos por aqui não sei o que são.

Hamburguer também foi complicado. Acabei por me render e fazer um em casa....... mais parecido com o Mac


Agora o Sr. Dom Martim quer bifanas....... ontem queria carne... qq carne... hoje bifanas......

eu bem sei que  ando a fugir das carnes vermelhas como o meu Pipo foge da Luna e depois obrigo-me a comê-la, pela saúde do meu filho... mas bifanas....... não podia ser um bifito ali da Portugália?

E lembro-me dos meus tempos de Select, em que as noitadas eram uma constante e por vezes o nosso jantar era uma bifana de um dos restaurantes lá ao pé... so com mostarda, num pãozito crocante e quentinho....... ui......

é que bifanas aqui em Luanda, não sei bem onde encontrar.....

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Faz-me confusão #

Pessoas que mudam de opinião consoante as circunstâncias..... ou para se adaptarem a elas, ou porque lhes dá jeito.... sem ter em conta que isso prejudica....

Mudar de opinião todos nós temos direito, mas não assim...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

As dúvidas - e um blog normal torna-se baby blog...

CRIOPRESERVAÇÃO

Banco Público vs Banco Privado

O sangue do cordão umbilical tem assumido uma importância extrema no tratamento de doenças hemato-oncológicas, é um bem precioso demais para ser desperdiçado, por isso guarde-o para utlização familiar ou faça uma doação.

Quais as principais diferenças?
Banco Privado BEBÉ VIDA:

Ao recorrer ao Banco Privado está a guardar as células do seu bebé para utilização familiar (para o próprio bebé e família). As células só serão disponibilizadas mediante a autorização escrita dos pais (ou da criança aquando maior de idade) e nunca serão utilizadas para investigação. O Banco Privado BEBÉ VIDA tem a missão de guardar e zelar pelas células estaminais do seu bebé durante o período de anos que contratar.

Banco Público:
Ao recorrer a um Banco Público estará a fazer uma doação em que renuncia todos os direitos sobre as células do seu bebé. Este banco está ligado a uma rede de registos mundial e as células do seu bebé entrarão neste registo, para serem utilizadas por quem necessite. As amostras que não cumpram os requisitos para serem criopreservadas serão utilizadas para investigação ou para controlo de qualidade. As células passam a ser propriedade do Banco Público e não dos pais (como acontece no Banco Privado).

Como ficarei a saber se as células do meu bebé foram criopreservadas com sucesso?

Banco Privado BEBÉ VIDA:

A BEBÉ VIDA faculta, aos pais, um relatório detalhado com o resultado das análises efectuadas à amostra do sangue do cordão umbilical e com o resultado da criopreservação. Os pais só pagam o serviço se a criopreservação for efectuada com sucesso. Recebem ainda um certificado de criopreservação.
No caso da amostra não ser criopreservada, as células estaminais do bebé serão destruídas. A BEBÉ VIDA não as utiliza para investigação.

Banco Público:
Os pais que recorrem a este Banco fazem uma doação e, como tal, as células deixam de ser sua ‘propriedade’ para passar a ser ‘propriedade’ do Banco. As células poderão ser criopreservadas, disponibilizadas para terapia celular, destruídas ou utilizadas para investigação. O Banco não tem que dar qualquer tipo de satisfação aos pais (doadores) acerca do bem doado (sangue do cordão umbilical). Por se tratar de uma doação os pais não pagam este serviço.

Isto significa que no Banco Público eu não tenho qualquer direito sobre a minha amostra?
Sim, é verdade. No banco público quem faz a doação não tem direitos especiais sobre as células, tal como nas dádivas de sangue. Ao contrário no Banco Privado BEBÉ VIDA os pais e o próprio bebé são os únicos ‘proprietários’ das células (as células ficam ‘propriedade’ dos pais até o bebé atingir a maioridade).


Qual a probabilidade da amostra estar disponível se eu precisar dela?
Banco Privado BEBÉ VIDA:

A amostra é sua e por isso estará imediatamente disponível.

Banco Público:
A amostra foi doada e poderá não estar disponível

É POSSÍVEL CRIOPRESERVAR SIMULTANEAMENTE AS CÉLULAS DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL NUM BANCO PÚBLICO E NUM BANCO PRIVADO?

Não, a amostra de sangue recolhida, aquando da colheita, é sempre muito pequena. Assim, a hipótese de repartir a amostra pelos dois bancos é praticamente nula e quase impossível de executar tecnicamente.


Dados: http://www.bebevida.pt/
http://www.chnorte.min-saude.pt/lusocord.php

Atenção: menciono o Bébé Vida porque a minha pergunta no google me levou directamente aqui... nada mais... até porque ainda não decidi o que fazer....

As opiniões que recebo, na sua maioria, incluindo da minha médica é para recorrer ao Banco Público... se lermos a opinião do médido do IPO, a mesma coisa..... por mim eu fazia os 2 mas não é possível.......

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Faz-me confusão #

Aquelas pessoas que são incapazes de agir de forma correcta e ainda assim culpam os outros por toda a sua infelicidade....

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dúvidas de iniciante....

Dizem o livros que ando a ler que o Martim deve ouvir uma musica agora que depois o ajude a acalmar (possivelmente) em alturas mais intensas...

Os livros dizem muita coisa e bem sabemos que muito do que se lá diz para comprar não se vai usar e do que se lá diz para fazer não chega a ser necessário, por isso pergunto: fizeram isso?

Têm sugestoes? Eu bem queria que o puto entrasse na onda de U2 e assim em alturas intensas acalmávamos os 2 mas não me parece que seja essa a solução...

Por isso, brincadeiras à parte, sugestões? Alguma coisa?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Coisas da vida... lá está... ou eu que não percebo nada disso...

Lá em Lisboa, temos um terraço fantástico ainda por cima com um espaço extra de jardim no nivel inferior e a arrecadação....

Não estou a ser pindérica... o terraço é mesmo fixe, se me perguntarem pela casa já encontro uns quantos defeitos ehehehe... e aliás, a casa, no dia em que vimos aquele lugar pela 1ª vez, ainda nem tinha divisoes bem definidas... mas a je, chegou aquele terraço e não viu mais nada... viu só, na sua imaginação, um labrador a correr desalmado por aquele terraço fora... nunca imaginou.... ;) - o labrador do sonho até era dos amarelos...bege, whatever...

este espaço exterior, que sem contar com a zona do jardim tem 130 mts2, meu orgulho é um facto, onde até um jardim de Inverno foi projectado (e não me tivessem pedido mais dinheiro que por um carro a ver se não lá estava....) mas sim, muitos planos teve aquele terraço...

3 meses depois de lá estarmos a viver mudam-se os tempos e as vontades, quer dizer, a vontade não mudou... foi caindo por terra......... chegou a Luna... bébé labrador de 2 meses... preta...  cujo passatempo preferido é comer flores, esconder as maças e peras que me roubava nos vasos, e os pães inteirinhos acabadinhos de sair da MFP...(perdi de vista 3 pás da MFP) ... adiante.... lutar com as flores que era verdes - sim, as que tivesse cor ela comia, as que não dessem flor e fossem só verdes ela destruía - mas eu garanto-vos que ninguém lá em casa é assim contra o SCP.....

Continuando, foram muitos os planos, chegámos inclusivé a falar com a Jardimvista para alterar o espaço mas o nosso caminho já estava traçado... por um piralho preto.... que nem correr sabia bem...

Enfim, para o nosso espaço comprámos o mobiliário em madeira - pois, passatempo preferido da Luna e acho que a unica coisa que ficou intacta foi a pérgula - porque é em ferro......

resultado, aquele espaço fantástico tornou-se apenas funcional, as almofadas dos sofás, cadeiras, espreguiçadeiras amontoavam-se dentro de casa não fosse a Luna achar que eram uma cama melhor....e achou tantas vezes.... mas depois de dormir nelas já não as queria devolver e então o terraço de manha quando nós acordassemos estava coberto de um manto branco - que não era neve.....e  ainda que tenhamos aproveitado bem aquele terraço nunca foi devidamente desfrutado porque o amor a uma cadela hiperactiva falou mais alto......


(a cadeira aqui ainda está bem)

O jardim, ui.... teve de levar uma vedação e um portãozito e ainda assim, aquela parva sempre que apanha o portão aberto aí vai ela.... e se eu vos disser que antes de o jardim ter a vedação, no topo das escadas colocámos um portão de madeira... não me perguntem como mas conseguiu dar cabo daquilo...... especialmente na parte onde fechava......

Resumindo, aquele terraço que adorei passou para segundo plano e um cão chato, parvo, reguila, irrequieto mas lindo conseguiu ficar em primeiro lugar.....

Ora se isto acontece com um cão......




Mas é giro como as prioridades mudam..... e como alguém que não conheço de lado nenhum já se tornou o mais importante da minha vida.....